sexta-feira, 30 de julho de 2010

Natureza

Clarea-se o céu das lágrimas,
o brilho se encandeia em sua superfície.
As gotas que assim surgiram,
se esgotam e esperam evaporar.
___
A terra se move e assim de montanhas,
surgem planícies e linhas curvas.
Os ecos rangentes se calam repentinamente
dando lugar aos sons do amanhecer.
___
Os ventos frios retornam e rodeiam sem esperar
o sol se enfraquece e o calor desaparece.
E o brilho de radiante que era, opaco se faz.
Não mais se escuta nada, apenas silêncio.
___
Corremos para raízes que melhor fixamos
e assim esperamos o temporal ir embora.
Parece que a água levou tudo embora,
mas não, apenas se espalharam na terra.
___
Ao fim, surge um raio solar entre as nuvens,
o calor volta a emanar e o som do amanhecer
toma todos os lugares, todos se voltam para o sol
e o brilho se torna ofuscante... A mão toca o
rosto e assim explora sua sensibilidade, os olhos
se prendem, falando os seus segredos... As terras
se juntam... Suas mãos se seguravam e o pacto
estava feito... A natureza assim se faz...

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Livre

Palavras me libertam...

Comecei com um simples ouvir,

nada mais queria que,

fazer meu próprio som...

___

Assim foi a primeira, nem lembro,

Mas logo veio a segunda,

será que pararia na terceira?!

O som ecoava!

___

Não mais se interrompia,

Eram mais fortes que eu...

Apenas aconteciam,

Era pela noite ou pelo dia...

___

Sem controle elas surgiam,

O que poderia dizer das claves...

Procurei então o canto das aves,

E o rugido de um leão...

___

Acabei solitário e vagando,

Um lobo uivando nas noites,

lua cheia, e escrevendo,

momentos de lucidez...

___

Palavras mentem, escondem e até...

Fazem sorrisos e momentos...

Sonhos e esperanças...

Palavra sempre, sempre será, palavras...

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Dia Duro

Dura são as coisas mais fáceis da vida...

Quem me diz esse certo olhar de certeza...

Criada a cada instante de clareza e verdade...

Surgida na calma do dia, calmo...

Suspira a esperança da alma...

E segue a procissão do olhar...

Quis a força se deixar, nas margens...

E a súbita passagem abrir...

Seca as valas das lágrimas do riso...

Abrem-se os mares do caminho...

Sem onda de ser, e sem fato...

Agarra a raiz e mostra a face...

Deixei bater a porta, e feche...

São lindas as nuances dos detalhes...

Seja a cara de você...

Fale consigo...

Sentimento...