quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Li...

Em caladas de noite,
olho para você,
já não sei mais onde,
mas assim te vejo...

São marcas, sinais,
sem o menor porque,
apenas penso em você,
daquele jeito tão nosso...

O que mais poderia ser,
sem você não sei,
mas com você, tudo bem,
vamos segurar o coração...

Feche os olhos e as marcas ficam,
toque de você aparece em mim,
e seu cheiro, já enebriado, continua,
sem razões apenas penso em você...

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Em você...

Tudo não mais nada,
Em toques vão surgindo,
Cada canto e se ver, 
E pontos a seguir...

Em batidas mais fortes,
Deixo ele se aquecer,
Em momentos de silêncio,
Ouço sua voz florescer...

Cubro em manto limpo,
O sentimento a despertar,
E na clareza da alma,
Espero ele retornar...

Nas músicas mais cantadas,
O coração irá falar,
E em cada gesto em seu rosto,
O amor a mim virá...

sábado, 3 de agosto de 2013

E Assim...

Em tudo que pese,
Não pode haver balança,
Ficam as medidas,
Partindo pelo objeto...

Transformo toda a matéria,
No mesmo recipiente,
Em cada canto do mundo,
Inclusive perto do Oriente...

Não mais falo ao seu,
Que não mais escuta o meu,
São poemas quebrados,
De rascunhos perfeitos...

Na sua voz, confusão,
Na cabeça, emoção,
Nos corpos, mudança,
Na realização, segue a vida...

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Ia eu nessa!

E assim se foi...
em mais uma posição,
se acomoda ao silêncio,
se calando aos gritos...

Já não há pressa,
quando não se sente,
em pouca angustia,
ao tempo ficar parado...

No ápice do drama,
tudo se confunde em dor,
mas nem as lágrimas,
ousa no chão chegar...

E agora o passado se faz,
nem sentido de seguir,
um pouco mais desiludido,
no presente o futuro destruído...

terça-feira, 2 de julho de 2013

O que será?

Fala assim por mim,
não me jugues errado,
pois assim sempre serei,
em sentimentos entrelaçados...

Só existe um caminho,
seja de ida ou de volta,
seja de mãos apertadas,
ou em apenas pequenos olhares...

No suave toque inexistente,
e na vontade já perdida,
ao fim de cada dia,
ou no começo da manhã...

Assim fica a esperar,
sem desculpas ou palavras,
em um insensato orgulho,
apenas não que sim, para poder andar...

domingo, 26 de maio de 2013

Onde?

Onde estou agora,
e ainda assim me sento só,
em frente a minha demora,
ao som da sinfonia muda em dó...

Sentado com um pouco,
e deitado ao som vazio,
nem tão perto do outro,
ou despertando meus brios...

As palavras que me restam,
torno a madrugada a desperdiçar,
aos sentimentos os quais retratam,
um novo momento de pensar...

Esperava as estrelas alcançar,
mas nem as nuvens vim a chegar,
volto ao meu caminho a andar,
e assim deixar o amor me encontrar...

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Ondas passadas...

Procuro o dia que foi...
Mais uma vez igual,
sem acreditar no que vejo,
faz a verdade em meu desejo.

Corre até o fim e escolhe,
não mais pare e olhe,
apenas palavras não faz,
pois em promessas se desfaz...

Não há o que perder,
e se fosse mais fácil, cobrar,
pois em nosso íntimo pode residir,
mas nem sempre se pode alcançar...

Sinto a fúria de uma onda,
dentro da imensidão e calma do mar,
sou quente, e deixo queimar, seja em vão,
pois fria como vir, não mais toque neste coração...

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Sonho...

Eu queria ter um sonho...
um sonho de cantar,
de andar nos campos verdes,
ou pela chuva no fim da tarde.

Que o dois fizesse o um,
e quem sabe o conjunto,
no mais puro antagonismo,
tocasse mais uma vez...

O que seria do belo sem palavras,
poderia numa foto magoar,
em uma atitude perder,
e na verdade acreditar...

Vejo, nos olhos, o romântico vagar,
em sua alma estampada,
pequenos corações em balões,
deixados ao tempo levar...

quinta-feira, 8 de março de 2012

Olhares

Se os azuis ficaram,
transformo eles em
verde, assim como
você me ver...

Não paro de olhar
como em minha pintura,
torno a te dar cor,
não há mais quadro...

Somente fico a perceber,
sou homem e não,
há porque não falar,
seria impossível, mas...

Volto e escrevo o que,
vem, vem bem mancinho,
em todo momento,
em que torno a te olhar!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Escondido

Em noites flutuantes,
fica o meu corpo a esperar,
apenas um toque em mim,
de um mundo a desejar...

São momentos de ansiedade,
com eternas sensações...
No início do término,
do começo sem fim...

O pensamento não foge,
apenas se esconde no meio,
e em tudo se faz ausente,
sem saber o quanto é presente!

Somente corre, sem rumo,
por estradas difíceis.
Sem decisão de quem,
o que, eu quero ser...